Por Edson Ogata, gerente de Marketing do grupo Mymax/ Draxen/ Myatech
Imaginemos o Metaverso como um portal convidativo para um novo universo virtual, onde o usuário pode criar seu próprio avatar com características físicas, gostos pessoais, tamanhos de roupas e calçados, onde suas informações de geolocalização podem ser acessadas com facilidade.
Quando nos referimos à internet, eu a comparo com uma grande malha rodoviária, que nos conecta a diversos lugares, nos permitindo trafegar com o veículo que desejamos, partindo e chegando quando e como quisermos. Em seus primórdios, tinha-se uma ideia de que era uma espécie de lugar ou uma plataforma onde encontrávamos informações, lazer, entretenimento etc. Hoje a internet está mais para um meio, um caminho, onde temos livre acesso para ir e vir de onde quisermos. De uma certa maneira o Metaverso é sim uma grande evolução da internet, onde antes ela aparentava ser um lugar, depois um caminho e agora um universo, com possibilidades inimagináveis de lazer, entretenimento e negócios.
Fazendo um contraponto com o Metaverso, o Bitcoin ganhou sustentação e solidez pelo fato de ser baseado em blockchain, tecnologia indiscutivelmente disruptiva e muitos a consideram a inovação mais importante desde a criação da internet. Creio que o que pode alavancar o mundo das plataformas descentralizadas é o fato de que elas também são baseadas em blockchain, aumentando assim a chance de tudo o que se fala sobre Metaverso hoje, se tornar real amanhã.
O Metaverso pode se tornar o efeito catalisador para disseminar ainda mais as criptomoedas. Com a existência destes universos virtuais e a possibilidade de comercializar coisas nesse universo, haverá a necessidade de pagar por estas coisas, e hoje em dia já se utilizam das criptomoedas para realizar tais transações. Por exemplo, o Decentraland, que é uma plataforma descentralizada de realidade virtual, um Metaverso, tem sua própria criptomoeda para transações, que é o MANA, que também pode ser negociada fora da plataforma, tem um valor real e é uma opção de investimento também para o mundo aqui de fora.
Em relação a Mymax/ Draxen entrar no Metaverso ainda estamos em fase de estudos sobre realizar investimentos de forma publicitária dentro deste universo. Estamos vendo grandes empresas investindo quantias astronômicas em dinheiro para conquistarem seu lugar no Metaverso, comprando terrenos para construir seus negócios virtualmente ou até mesmo adquirindo empresas que já nasceram no Metaverso. A Nike comprou recentemente uma fabricante de tênis virtual. Entendemos que é uma excelente oportunidade de posicionamento, mas ainda não sentimos que seja a hora da Myatech, Draxen e Mymax injetarem dinheiro nesse universo.
Em relação a comercialização dos produtos que usam essa tecnologia, estamos sempre atentos às grandes novidades do mercado, ainda mais quando grandes corporações (principalmente na área de tecnologia) estão por trás dessas novidades. Já trabalhamos com os óculos VR, acessório essencial para a experiência de realidade aumentada, utilizando smartphones como dispositivo e tivemos uma grande aceitação. Ainda não temos previsão sobre que tipo de produto podemos desenvolver, que seja relacionado ao Metaverso, ainda é muito cedo para prever. Mas temos um time dedicado no desenvolvimento de produtos, que está sempre antenado nas tendências e oportunidades de mercado para viabilizar uma solução que seja, não só mercadologicamente vantajosa, mas benéfica e acessível para os usuários desfrutarem deste universo.
Se a pandemia nos trouxe uma coisa boa, foi essa “maturidade” digital que de certa forma atingimos. Empresas perceberam que a presença física de certos colaboradores não é mais necessária, reuniões não precisam ser necessariamente presenciais, aulas podem ser ministradas online etc. E esse é só o começo. Com o Metaverso será possível viver uma vida no universo virtual de forma completa, não apenas de forma profissional ou educacional, mas para fins de lazer e entretenimento também.
