Coleta seletiva: cores, normas e como implantar no condomínio e na empresa

Se tem algo que aprendi morando em condomínio e trabalhando em empresas que adotam práticas sustentáveis é que a coleta seletiva vai muito além de separar o lixo. Ela é uma ferramenta poderosa de educação ambiental e de mudança de comportamento coletivo. Quando bem implantada, transforma a relação das pessoas com os resíduos e ajuda a preservar recursos naturais. Mas para isso funcionar de verdade, é essencial seguir regras, usar as cores corretas e ter um plano claro de implantação, seja em condomínios residenciais ou em empresas. Vamos ver como fazer isso do jeito certo?

O que é coleta seletiva?

Coleta seletiva é a separação do lixo de acordo com o tipo de material, facilitando o processo de reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos. Ao separar corretamente papel, plástico, vidro, metal e orgânicos, contribuímos para a redução do volume de lixo que vai para aterros e para o aumento da vida útil dos materiais.

Cores padronizadas segundo a norma ABNT

Para que a separação funcione bem, é fundamental seguir o padrão de cores estabelecido pela norma ABNT NBR 13221, que define as cores específicas para cada tipo de resíduo. Isso garante padronização nacional e facilita a identificação por parte de moradores, funcionários e equipes de coleta.

Veja as cores e seus respectivos materiais:

  • Azul: Papel e papelão
  • Vermelho: Plástico
  • Verde: Vidro
  • Amarelo: Metais
  • Marrom: Resíduos orgânicos
  • Preto: Madeira
  • Laranja: Resíduos perigosos
  • Branco: Resíduos de serviços de saúde
  • Cinza: Resíduo geral não reciclável (ou misturado, para rejeito final)

Essa padronização ajuda na comunicação visual e evita erros no descarte.

Como implantar a coleta seletiva em condomínios

Implantar coleta seletiva em condomínios é um projeto que exige organização e, principalmente, o engajamento dos moradores. Veja os passos principais:

1. Conscientização e apoio da comunidade

O primeiro passo é informar os condôminos sobre a importância da coleta seletiva e os benefícios ambientais e econômicos. Isso pode ser feito por meio de assembleias, cartazes nos murais, redes sociais do condomínio e até workshops.

2. Aprovação em assembleia

Antes de fazer qualquer investimento, é ideal apresentar o projeto em assembleia e obter aprovação dos moradores, principalmente se forem necessárias adaptações físicas ou contratações externas.

3. Infraestrutura adequada

É preciso garantir que o condomínio tenha espaço físico para colocar os coletores separados por cor. O ideal é que fiquem em locais de fácil acesso, mas bem ventilados, sinalizados e longe de riscos de contaminação.

4. Parceria com cooperativas ou empresas de reciclagem

Verifique se o serviço público local realiza coleta seletiva. Caso contrário, o condomínio pode fazer parcerias com cooperativas ou empresas especializadas, que recolhem os materiais e os encaminham para reciclagem.

5. Treinamento da equipe

Zeladores, faxineiros e porteiros precisam ser treinados para identificar e lidar com os diferentes resíduos. Eles são peças-chave no sucesso do processo.

6. Comunicação visual clara

Instale adesivos e placas com as cores e os materiais aceitos em cada coletor. Isso evita confusão e aumenta a taxa de acerto no descarte.

7. Monitoramento e ajustes

Depois de implantado, o sistema deve ser acompanhado de perto para fazer ajustes, melhorar a eficiência e garantir o cumprimento por parte dos moradores e funcionários.

Como implantar a coleta seletiva na empresa

O processo nas empresas segue uma lógica parecida, com alguns pontos adicionais:

1. Diagnóstico de resíduos

Comece analisando quais tipos de resíduos são gerados nos diferentes setores da empresa: papel em escritórios, plástico em copos descartáveis, lixo orgânico na copa, etc.

2. Definição de metas e responsáveis

Crie metas simples e objetivas, como “reduzir em 30% o uso de copos plásticos”. Nomeie um ou mais responsáveis pelo projeto, de preferência alguém do setor de meio ambiente, RH ou facilities.

3. Lixeiras identificadas em pontos estratégicos

Distribua as lixeiras conforme a circulação dos colaboradores. O ideal é que haja lixeiras próximas às estações de trabalho, nas áreas comuns e de grande movimentação.

4. Campanhas internas de educação ambiental

Use cartazes, e-mails, TV corporativa e até brindes para reforçar o valor da separação correta. Campanhas de engajamento ajudam a mudar hábitos de forma natural.

5. Destinação correta dos resíduos

Faça parcerias com cooperativas locais ou empresas de logística reversa. Muitas delas retiram os resíduos gratuitamente e fornecem relatórios de impacto ambiental, o que ajuda até no marketing da empresa.

Saiba mais sobre

Quais são as cores da coleta seletiva? Azul para papel, vermelho para plástico, verde para vidro, amarelo para metal, marrom para orgânico, entre outras conforme a norma ABNT NBR 13221.

Precisa aprovar em assembleia para implantar em condomínios? Sim, principalmente se houver custos ou mudanças estruturais.

Qual o primeiro passo para implantar a coleta seletiva? Conscientizar moradores ou colaboradores sobre a importância e os benefícios da separação de resíduos.

Como fazer a separação correta dos resíduos? Usando coletores coloridos e instruções visuais com exemplos do que pode e não pode ser descartado em cada um.

Posso usar qualquer lixeira colorida? Desde que respeite as cores da norma ABNT NBR 13221, sim. Mas é ideal que sejam padronizadas para facilitar a identificação.

Cooperativas de reciclagem fazem retirada em condomínios? Muitas sim, especialmente nas cidades maiores. Basta buscar por cooperativas locais e verificar a disponibilidade.

Como saber se minha cidade tem coleta seletiva? Consulte o site da prefeitura ou o serviço de limpeza urbana local.

É possível economizar com a coleta seletiva? Sim, reduzindo o volume de lixo comum e até vendendo materiais recicláveis para cooperativas.

Empresas precisam contratar um serviço especializado? Depende. Se a cidade não oferece coleta seletiva pública, é recomendável contratar uma empresa ou cooperativa.

Coleta seletiva é obrigatória por lei? Em muitos municípios sim, tanto para empresas quanto para grandes residenciais, conforme as leis ambientais locais.

Implantar a coleta seletiva é mais do que uma medida sustentável: é uma ação educativa, coletiva e urgente. Seja no condomínio onde moramos ou na empresa onde trabalhamos, dar o destino correto aos resíduos é uma forma direta de cuidar do planeta e influenciar positivamente a comunidade ao nosso redor. Começar pode parecer difícil, mas os benefícios se multiplicam com o tempo. E o mais importante: todo pequeno gesto conta.

Espero que o conteúdo sobre Coleta seletiva: cores, normas e como implantar no condomínio e na empresa tenha sido de grande valia, separamos para você outros tão bom quanto na categoria Blog

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