
Estudo traz indícios positivos sobre uso de creatina em pacientes renais

Análise sugere que a suplementação de creatina pode melhorar a aceitação de transplantes
Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e publicada pela revista científica Nutrients trouxe novas informações sobre a relação entre suplementação de creatina e pacientes com disfunções renais.
A investigação utilizou a análise bioinformática para avaliar a expressão de genes relacionados a essa substância e entender suas relações com doenças como insuficiência renal crônica e nefropatia diabética. Os resultados indicaram que a creatina pode ter interações metabólicas favoráveis em pacientes transplantados, contribuindo para uma maior taxa de aceitação do novo órgão.
O autor principal do estudo, Matheus Medeiros, reforça que já foi comprovado que a creatina é considerada segura para pessoas saudáveis, não causando interferências na função renal. Por isso, o foco da pesquisa foi descobrir os efeitos em pessoas com condições renais patológicas.
“Nós pesquisamos sobre a creatina em diferentes contextos, como o dos transplantados renais, e buscamos entender se a substância possivelmente melhora ou não a aceitação do novo órgão”, explica.
Segundo a UFRN, a pesquisa tem potencial para beneficiar futuras investigações científicas, especialmente aquelas que envolverem testes em animais ou experimentos clínicos.
A creatina é produzida naturalmente pelo organismo e também é encontrada em alimentos, como peixes e carnes. Ela funciona como fonte de produção de energia para as células musculares, melhorando a força e o tônus muscular e, por isso, é utilizada para melhorar o desempenho físico, conforme informações do Hospital Albert Einstein.
Devido a sua popularização, a substância tem sido estudada em diferentes contextos, ampliando o debate sobre para que serve a creatina e quais são os seus benefícios em populações com condições específicas de saúde.
Outro estudo, realizado por pesquisadores da University Medical Center Groningen e publicado pela editora científica MDPI, revelou que pacientes com doença renal crônica submetidos à diálise tendem a apresentar deficiência de creatina. Isso acontece devido à redução da diminuição da sua produção endógena e das perdas não opostas da substância do sangue para o dialisado.
Por isso, os pesquisadores justificam a suplementação intradialítica de creatina como uma estratégia para manter a homeostase nesses pacientes e minimizar problemas que impactam a qualidade de vida, como desperdício de energia proteica, fadiga, fraqueza muscular, depressão e comprometimento cognitivo.
Deficiência de vitamina D pode estar relacionada às disfunções renais
A carência de vitamina D também pode estar relacionada aos distúrbios renais. Ela é absorvida pelo organismo de diversas formas, sendo a principal delas a exposição ao sol, chamada de vitamina D3 ou colecalciferol, e pode ser sintetizada a partir de plantas e precursores da levedura, conhecida como vitamina D2 ou ergocalciferol.
Ao descrever o que é a vitamina D3 e a sua importância para o sistema imunológico, circulatório, digestivo e nervoso, o Ministério da Saúde explica que ela representa até 90% da vitamina D adquirida, enquanto o restante deve ser suprido pelos alimentos.
Segundo a pesquisa Vitamin D in Chronic Kidney Disease and Dialysis Patients, divulgada no National Library of Medicine, pacientes com doenças renais crõnicas e diálise apresentam níveis baixos desse nutriente no organismo, o que está ligado ao desenvolvimento do hiperparatireoidismo secundário, sendo a suplementação uma terapia de primeira linha para a prevenção e o tratamento.
O médico nefrologista Bruno Reis Gouvea explica que a deficiência de vitamina D é comum em pacientes com doenças renais crônicas e está relacionada a problemas ósseos e cardiovasculares. “A suplementação pode ajudar a restaurar os níveis adequados, melhorando o metabolismo mineral e reduzindo o hormônio paratireoidiano (PTH).”
No entanto, ele alerta que o excesso de vitamina D também pode ser prejudicial, levando ao aumento dos riscos de cálculos renais e à insuficiência renal. Segundo Gouvea, estudos revelam que, apesar de a suplementação ser benéfica para muitos pacientes, a função renal não melhora em todos os casos, exigindo mais pesquisas para compreender completamente os riscos e benefícios.
Por isso, o médico enfatiza que qualquer suplementação deve ser sempre orientada por profissionais de saúde qualificados para garantir a segurança e o resultado do tratamento.
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