Com planejamento, é possível montar um cardápio nutritivo, economizar e ganhar qualidade de vida
“A gente só não tem tempo para aquilo que não está com vontade de fazer.” A frase dita por Jô Soares, na entrevista ao programa Roda Viva, pode gerar opiniões contrárias, mas o fato é que o tempo é relativo e precioso. A forma como é aplicado ou consumido interfere na qualidade de vida. A falta de horas vagas, muitas vezes, serve de justificativa para recorrer a lanches rápidos e pouco saudáveis. Mesmo com o ritmo frenético do dia a dia, a alimentação não deve ser negligenciada.
Com planejamento e organização, é possível preparar marmitas saudáveis para a semana ou o mês inteiro. Aderir ao hábito melhora a qualidade de vida e reduz os gastos com alimentação. É um investimento que faz bem à saúde física e financeira. Confira dicas de como economizar tempo e garantir uma dieta equilibrada e nutritiva.
Planejamento: essencial para criar o hábito
O planejamento é essencial para o preparo bem-sucedido de marmitas. Pensar no cardápio e listar todos os ingredientes é o primeiro passo. Isso evita que, no momento da elaboração, falte algum produto e tenha que correr para o supermercado mais próximo. A dica é fazer as compras com antecedência, para que possa comparar preços, verificar o que está em promoção e até fazer substituições por opções com valor mais atrativo.
O planejamento também é combustível para a mudança de hábito, que requer mais que vontade, precisa de disciplina e atitude para acontecer. A pré-produção é comparada à marcha de força do carro. Injeta energia para tirar da inércia e promover o movimento. Define o roteiro que possibilita uma rotina mais prática, prazerosa e eficiente.
Organização
A organização do ambiente e dos ingredientes facilita a produção, evita desperdício e incentiva manter uma alimentação equilibrada. As hortaliças da salada, por exemplo, podem ser higienizadas, separadas em porções diárias e reservadas na geladeira. Para manter o frescor, não devem ser misturadas com as outras comidas na marmita. O recomendado é ficar em um potinho à parte e temperar no momento do consumo.
Como em uma orquestra, na cozinha tudo precisa estar em harmonia. Os legumes devem cozinhar no vapor para depois fazer o purê. Enquanto a água do macarrão ferve, já pode fazer o molho. É importante lembrar de colocar o grão-de-bico para hidratar na noite anterior. O planejamento e a organização são ingredientes essenciais para otimizar a preparação.
Elaborar o cardápio
A falta de criatividade na montagem das marmitas é um dos principais obstáculos para manter uma dieta saudável. A questão pode ser resolvida com a elaboração do cardápio previamente, para possibilitar mais combinações e distribuir os legumes, proteínas, carboidratos e frutas ao longo da semana.
Com pratos variados, é mais fácil resistir à tentação de comer na rua. Alguns programas de televisão e de internet ajudam com receitas e dicas, que tornam o cozinhar mais prático e prazeroso. É uma boa fonte de inspiração para quem não domina a arte dos temperos.
Compromisso agendado
O ideal é reservar um turno, que pode ser semanalmente ou a cada 15 dias, para preparar os alimentos. O compromisso e a disciplina auxiliam na manutenção da rotina e na criação de um cardápio diverso, com melhor valor nutricional.
A sugestão é cozinhar em maior quantidade, dividir em porções menores e congelar. O freezer vertical é um bom investimento para quem deseja preparar refeições para o mês inteiro. Ocupa pouco espaço, as gavetas ajudam na organização das marmitas e muitos possuem selo de eficiência energética.
Armazenamento e transporte
Com tudo pronto, é importante lembrar de tirar a marmita do dia seguinte do congelador e deixar descongelar na geladeira. Assim, não estará congelada no momento de esquentar. O transporte deve ser feito em bolsa térmica para conservar melhor a temperatura e evitar que o alimento estrague.
O recipiente mais indicado para o armazenamento é o vidro, por ser mais ecológico e não acumular odores. Muitos são versáteis e podem ir direto do freezer ao micro-ondas. Caso não tenha ou não possa investir em vasilhas de vidro, é importante certificar se o plástico é de polipropileno. É um material mais resistente ao calor que não libera substâncias tóxicas para o organismo e que pode ser reciclado.
